Respondendo ao islã
Sejam bem-vindos

A MENSAGEM DO PROFETA AO POVO DE OMÃ

Aqui está o texto de uma mensagem do Profeta Mohamed enviada aos irmaos Julanda pelo intermédio de seus mensageiros, ‘Amr bin al-‘As al-Sahmi e Abu Zaid al-Ansari.

“Paz seja sobre vós que seguis a senda reta! Eu os chamo para o Islã. Aceitem meu chamado e não tereis com que vos preocupar. Eu sou o Mensageiro de Deus para a humanidade e a palavra há de ser conduzida aos perversos. Se, assim, vós reconhecerdes o Islã, eu os conferirei poder. Mas, se vos recusarem a aceitar o Islã, seu poder desaparecerá, meus cavalos acamparão pela expansão de seu território e minha profecia prevalecerá sobre seu reino.”

[Veja aqui a fotografia da carta original Árabe exibida no Forte Sohar, no Sultanato de Omã.]

O historiador al-Baladhuri, escrevendo dois séculos e meio após a ida dos mensageiros a Sohar, descreveu os eventos nos seguintes termos:

“Quando o povo de Omã respondeu à evidência da verdade e prometeu obediência a Deus e a Seu profeta, então Amr, o Amir deles, e Abu Zayid foram feitos responsáveis por conduzir as orações, por terem levado o Islã ao povo e por ensiná-los o Alcorão e os preceitos da religião.”

Os Muçulmanos do Brasil dizem que o Islã defende que não há ‘compulsão’, isto é, forçar, imposição, na religião. Não está claro que a própria Sunna de seu próprio profeta os contradiz?

 


Mohamed era um Pedófilo?

Uma análise do relacionamento de Mohamed com uma menina de nove anos de idade

Por David Wood

Para a mente Ocidental, talvez um dos fatos mais perturbadores sobre o Islã é que seu fundador teve um relacionamento sexual com uma menina de nove anos de idade. Por causa disso, tem se tornado sempre mais crescente em alguns círculos que o Profeta do Islã é um ‘pedófilo’. Isto é, claro, muito ofensivo para os Muçulmanos, os quais vêem em Mohamed o servo ideal de Deus e o maior exemplo do que um homem pode desejar ser. Não obstante, o relacionamento de Mohamed com uma menininha apresenta um problema para os Muçulmanos, especialmente para aqueles que querem compartilhar sua fé com outros.

Já que muitas coisas das informações a seguir serão um choque para aqueles que não estão familiarizados com este assunto, temos de ser cuidadosos para não tirar conclusões precipitadas a respeito de Mohamed. Pedofilia é uma das mais sérias acusações que podem ser levantadas contra alguém, então o termo ‘pedófilo’ não deve ser utilizado com tanta pressa. Também devemos nos lembrar que se um homem tem uma relação sexual com uma menina numa cultura em que tal tipo de união é permitido, então não necessariamente significa que tal homem é um ‘predador sexual’, tal como o termo ‘pedófilo’ implica. Os Cristãos em especial devem ter cuidado com esse adjetivo. Tendo dito isso, vamos examinar cuidadosamente o relacionamento de Mohamed com Aisha, invocando o princípio Ocidental de que um homem é inocente até que se prove o contrário.

PRIMEIRA DEFESA MUÇULMANA: Aisha tinha mais de nove anos

Deparados com os argumentos dos críticos Ocidentais, os apologetas Muçulmanos muitas vezes ajuntam informações de várias histórias numa tentativa de negar que Aisha era tão jovem quanto os críticos comumente dizem:

O erro popular a respeito da idade de Aisha deve ser removido aqui... Isabah, falando da filha do Santo Profeta, Fátima, diz que ela era cerca de cinco anos mais velha que Aisha. É um fato bem estabelecido que Fátima nasceu quando a Caaba estava sendo reconstruída, i.e., cinco anos antes do Chamado. Aisha, assim, nasceu no ano do Chamado ou um pouco depois, e ela não poderia ter menos que dez anos de idade no momento em que se casou com o Santo Profeta, no décimo ano de seu Chamado... E como o período entre seu casamento e a consumação não foi menor que cinco anos, já que a consumação ocorreu no segundo ano da Fuga, entende-se que ela não poderia ter menos de quinze anos na ocasião. O relato popular de que ela tinha seis anos no casamento e nove na consumação está decididamente incorreto porque se supõe que o período entre o casamento e sua consumação foi de apenas três anos, e isto está historicamente errado.[1]

RESPOSTA: A evidência para o casamento de Mohamed com Aisha aos nove anos é forte demais para ser ignorada.

O problema com essa defesa selecionada e cuidadosamente editada que foi apresentada (estando totalmente desprovida de referências) é que ela ignora os números relatos que possuímos a respeito da idade de Aisha quando Mohamed consumou seu casamento com ela. Muitos desses relatos são da própria Aisha. De fato, a evidência para o casamento de Mohamed com a jovem Aisha é tão forte quanto qualquer outro fato do Islã. Temos abundantes tradições que tratam do casamento de Mohamed quando Aisha tinha seis anos de idade e sua consumação aos nove anos dela:

Aisha (que Allah a abençoe) contou que o Profeta (que as bênçãos e a paz de Allah sejam sobre ele) casou-se com ela quando tinha seis anos, e que ele consumou seu casamento com ela quando tinha nove anos. Então ela permaneceu com ele por nove anos (i.e. até sua morte).[2]

Khadijah morreu três anos antes de o Profeta (que as bênçãos de Allah sejam sobre ele) partir de Medina. Ele ficou lá por dois anos ou quase, e então se casou com Aisha quando ela era uma menina de seis anos, e consumou seu casamento quando tinha nove anos. [3]

Urwa relatou: O Profeta (que as bênçãos e a paz de Allah sejam sobre ele) escreveu (o contrato de casamento) com Aisha quando ela tinha seis anos e consumou seu casamento quando ela tinha nove anos.[4]

Aisha (que Allah a abençoe) relatou: O Apóstolo de Allah (que a paz seja sobre ele) se casou comigo quando eu tinha seis anos, e fui admitida em sua casa quando eu tinha nove anos.[5]

Aisha (que Allah a abençoe) relatou que o Apóstolo de Allah (que a paz seja sobre ele) se casou com ela quando tinha nove anos, e ela foi levada para a casa dele como noiva quando tinha nove anos, e suas bonecas foram com ela, e quando ele (o Santo Profeta) morreu, ela tinha dezoito anos de idade.[6]

Esta é apenas uma amostra de antigas tradições Muçulmanas que registram o casamento de Mohamed com a jovem Aisha, mas é o suficiente para mostrar que ela certamente não tinha quinze anos de idade no momento da consumação, tal como alguns Muçulmanos dizem.

Adicionalmente às tradições a respeito da idade de Aisha, a Hadice também fornece detalhes sobre como o relacionamento começou e se desenvolveu:

Aisha (que Allah a abençoe) relatou que o Profeta (que a bênção e a paz de Allah sejam sobre ele) disse a ela: “Você apareceu nos meus sonhos duas vezes. Eu te vi retratada num pedaço de seda e alguém me dizia, ‘Esta é sua esposa’. Quando eu descobri o retrato, eu vi que o retrato era seu. Eu disse: “Se isso for de Allah, então acontecerá.’”[7]

Após ter esse sonho com Aisha, Mohamed seguiu a pedir ao pai dela, Abu Bakr, a mão dela em casamento. Abu Bakr compreensivelmente foi contra no início, mas Mohamed conseguiu persuadi-lo para que aceitasse. Aisha foi levada para a casa de Mohamed mais tarde:

O Profeta (que a benção e a paz de Allah sejam sobre ele) pediu a Abu Bakr a mão de Aisha em casamento. Abu Bakr disse: “Mas eu sou seu irmão.” O Profeta (que a benção e a paz de Allah sejam sobre ele) disse: “Você é meu irmão na religião de Allah e em Seu Livro, mas ela (Aisha) me é permissível para se casar.”[8]

Aisha (que Allah a abençoe) relatou: O Profeta (que a benção e a paz de Allah sejam sobre ele) se casou comigo quando eu era uma menina de seis anos. Fomos para Medina e ficamos no lar de Bani-al-Harith bin Khazraj. Então fiquei doente e meu cabelo caiu. Depois que meu cabelo cresceu (de novo minha mãe, Umm Ruman, veio a mim enquanto eu brincada numa roda com minhas amigas. Ela me chamou e eu fui a ela, sem saber o que me esperava. Ela me pegou pela mão e me fez ficar em pé frente à porta da casa. Naquela hora fiquei sem fôlego, e quando meu fôlego voltou ao normal, ela pegou um pouco de água e lavou meu rosto com ela. Então ela me levou ao interior da casa. Nessa casa eu vi algumas mulheres Ansari que diziam: “Felicidades, boa sorte e que Allah te abençoe.” Então ela me confiou a elas e elas me prepararam (para o casamento). Sem que eu esperasse, o Apóstolo de Allah (que a benção e a paz de Allah sejam sobre ele) veio a mim pela manhã e minha mãe me deu a ele, e naquele momento eu tinha nove anos de idade.[9]

Aisha (que Allah a abençoe) relatou: Quando o Profeta (que a benção e a paz de Allah sejam sobre ele) se casou comigo, minha mãe veio a mim, me fez entrar à casa  (do Profeta) e nada me surpreendeu, exceto o Apóstolo de Allah vir a mim pela manhã.[10]

Uma vez que Aisha se tornou parte da casa de Mohamed, ela se tornou sua esposa favorita, mesmo depois de se casar com outras diversas mulheres. De fato, as outras esposas de Mohamed tinham que suplicá-lo para que as tratasse igual ao trato dado à Aisha.[11]

As esposas do Apóstolo de Allah (que a benção e a paz estejam sobre ele) estavam em dois grupos. Um grupo consistia de Aisha, Hafsa, Safiyya e Saúda; e outro grupo consistia de Umm Salama e as outras esposas do Apóstolo de Allah (que a benção e a paz de Allah sejam sobre ele). Os Muçulmanos sabiam que o Apóstolo de Allah (que a benção e a paz de Allah sejam sobre ele) amava Aisha, então se alguém tivesse um presente e quisesse dá-lo ao Apóstolo de Allah (que a benção e a paz de Allah sejam sobre ele), ele deveria esperar até que o Apóstolo de Allah (que a benção e a paz de Allah sejam sobre ele) fosse à casa de Aisha... O grupo de Umm Salama discutiu o assunto juntos e decidiram que Umm Salama deveria pedir ao Apóstolo de Allah (que a benção e a paz de Allah sejam sobre ele) que dissesse ao povo para enviar seus presentes a ele sem importar em qual casa ele estivesse... [Mohamed respondeu]: “Não me magoa quanto à Aisha, porque a Inspiração Divina não me revela nada em nenhuma casa, exceto na de Aisha.”... Então o grupo de Umm Salama chamou Fátima, filho do Apóstolo de Allah (que a benção e a paz de Allah sejam sobre ele) e a enviaram ao Apóstolo de Allah (que a benção e a paz de Allah sejam sobre ele) para dizê-lo: “Suas esposas pedem que você trate elas e a filha de Abu Bakr de modos iguais.”[12]

Assim, Aisha obteve um posto favorável dentre as esposas de Mohamed, o que causou uma grande tensão entre as mulheres. Já que se pode tomar como historicamente correto que Aisha era muito nova quando se casou e consumou o casamento com Mohamed, algumas vezes os críticos acusam que a preferência de Mohamed por Aisha revela sua preferência por meninas novas. A Hadice oferece uma certa porção que apóia essa visão:

Quando eu obtive a permissão do Apóstolo de Allah (que a benção e a paz de Allah sejam sobre ele), ele me perguntou por que eu me casei com uma senhora. Ele disse: “Por que você não se casou com uma virgem que brincasse com você, e que você brincasse com ela?” Eu respondi: “Ó Apóstolo de Allah! Meu pai morreu e eu tenho irmãs mais novas, então achei que não fosse apropriado que eu me casasse com uma menina nova como elas, a qual não as ensinaria a ter modos e nem as serviria.”[13]

Aisha (que Allah a abençoe) contou: Eu costumava brincar com minhas bonecas na presença do Profeta (que a benção e a paz de Allah sejam sobre ele) e minhas amigas também brincavam comigo. Quando o Apóstolo de Allah (que a benção e a paz de Allah sejam sobre ele) adentrava (o lugar onde moro) elas costumavam se esconder, mas o Profeta (que a benção e a paz de Allah sejam sobre ele) as chamava para que viessem e brincassem comigo.[14]

Não obstante, deve-se notar que se Mohamed realmente fosse obcecado por meninas novas, ele poderia ter tomado outras como esposa. Eventualmente Mohamed teve poder total em Medica e, depois, em Meca, mas mesmo assim ele não construiu para si um harém de meninas. Já que não há evidência o bastante que apóie a acusação de que Mohamed tinha uma obsessão perversa por meninas pré-púberes, os críticos devem tomar cuidado ao fazer essa acusação.

Para resumir, a evidência torna abundantemente claro (1) que Mohamed teve relação sexual com Aisha quando ela era muito nova, (2) que este relacionamento foi planejado por Mohamed após ele ter sonhado com ela, e (3) que ela era sua esposa preferida. Com tantos dados históricos sobre a idade de Aisha, deveria ser óbvio que os Muçulmanos que negam o relacionamento de Mohamed com ela [tão nova] o fazem apenas por vergonha.

SEGUNDA DEFESA MUÇULMANA: A moralidade é relativa numa cultura.

Outro método para se defender o casamento de Mohamed com Aisha é o apelo Muçulmano de relativismo da moral. Segundo essa visão, já que diferentes culturas têm diferentes padrões de moralidade, é errado criticar os padrões dos outros com base em seu próprio sistema. Considere a seguinte resposta de Maqsood Jafri e Abdur Rahman Squires:

Os Árabes praticaram poligamia. No rastro desse costume, o Profeta Mohamed também se casou com algumas mulheres. Hazrat Khadijah era quinze anos mais velha que ele na época do casamento. A maioria delas tinha a idade dele. Aos seus cinqüenta anos ele de casou com Hazrat Aiysha, a filha de Hazrat Abu Bakr quando ela estava na flor da idade. Aludindo a esse casamento, alguns orientalistas acusam do Profeta Mohamed de ‘pedófilo’. Não foi apenas o Profeta Mohamed quem se casou com uma menina nova, mas até o pai de Hazrat Aiysha, Hazrat Abu Bakr, também se casou com uma jovem quando ele já tinha seus sessenta anos. Isso era... parte da cultura Árabe prevalente e seus costumes. Assim não se deve ser tomado a sério.[15]

A grande maioria dos juristas Islâmicos diz que o tempo mais cedo em que um casamento pode ser consumado é no começo da maturidade sexual (bulugh), significando a puberdade. Já que esta era a norma de todas as culturas Semitas e que ainda continua como norma em muitas culturas atuais – com certeza isso não é algo que o Islã inventou.[16]

Assim, já que a prática do casamento com meninas novas era “parte a cultura Árabe prevalente e um costume”, essa não é uma crítica contra o Islã a ser levada a sério.

RESPOSTA: O Islã é totalmente inconsistente com o relativismo moral

Essa defesa realmente é surpreendente porque, ao defender a perfeição moral de Mohamed, os Muçulmanos constantemente mantém que Mohamed condenou a cultura Árabe por conta da imoralidade prevalente:

Após viver a vida de modo virtuoso, puro e civilizado, ocorreu uma revolução no ser de Mohamed. Ele se cansa das trevas e da ignorância, corrupção, imoralidade, idolatria e da desordem que o envolviam por todos os lados... Ele quer possuir aquele poder com o qual ele pode derrubar a corrupção e o mundo desordenado, e dar as fundações de um novo e melhor mundo... Ele quis mudar toda a estrutura da sociedade que era transmitida desde tempos imemoráveis.[17]

Os Muçulmanos são rápidos ao apontar a imoralidade ao redor do mundo, especialmente no Ocidente. Parece-nos que eles estão sugerindo uma mensagem muito inconsistente. Quando os Muçulmanos são confrontados com uma prática imoral de outra cultura, eles gritam em uma só voz, “Nós condenamos essas práticas porque elas são contra a eterna, perfeita e inalterável Lei de Deus!”. Porém, quando o caráter moral de Mohamed está sendo analisado, os Muçulmanos subitamente dizem, “Não julguem Mohamed! Vocês deveriam se lembrar que ela era de uma cultura diferente! Se casar com meninas novinhas era comum na Arábia e ainda é, graças ao precedente de Mohamed. Pessoas diferentes têm diferentes padrões morais, então ninguém deve se preocupar com o relacionamento sexual de Mohamed com uma menina de nove anos de idade.”

Essa troca conveniente do absolutismo moral ao relativismo é, logicamente, inaceitável. Se é errado julgar as práticas de outra cultura, então tanto Mohamed quanto o Alcorão estão errado por condenar as práticas imorais da Arábia. Mas, se condenar práticas imorais é aceitável, então os apologetas Muçulmanos precisam de uma resposta melhor às críticas do relacionamento de Mohamed com Aisha.

TERCEIRA DEFESA MUÇULMANA: O casamento de Mohamed com Aisha foi parte dos planos de Deus.

Os apologetas Muçulmanos desenvolveram outra resposta às críticas contra Mohamed, isto é, que o casamento de Mohamed foi parte do plano divino de Deus (i.e. Deus tinha uma importante razão para tal):

Deve-se ter em mente que, tal como todos os atos do Santo Profeta (que a paz seja sobre ele), até este casamento teve um propósito divino por trás. Hazrat Aisha era uma menina precoce e se desenvolveu tanto mentalmente quanto fisicamente com uma rapidez peculiar a raras personalidades. Ela foi admitida à casa do Santo Profeta (que a paz seja sobre ele) logo no começo de sua puberdade, o período mais impressionante e formativo de sua vida. Foi o Santo Profeta (que a paz seja sobre ele) que nutriu as sensibilidades dela e direcionou o crescimento de suas faculdades até o canal mais frutífero, e, assim, ela foi preparada para desempenhar um papel iminente na história do Islã. Além disso, ela foi a única virgem a entrar à Casa do Santo Profeta (que a paz seja sobre ele) e foi, então, muito competente em partilhar os sentimentos das outras moças de pouca idade que tinham numerosas perguntas a fazer ao Santo Profeta (que a paz seja sobre ele) a respeito de ética sexual e moralidade. Essas moças sentiam vergonha de perguntar às esposas mais velhas do Santo Profeta (que a paz seja sobre ele) sem modéstia. Elas podiam dar vazão às suas mentes livremente com Aisha e tinha mais ou menos a mesma idade  delas.

A puberdade é um sinal que mostra que uma mulher é capaz de suportar um filho. Alguém pode negar isso logicamente? Parte da sabedoria por traz do casamento do Profeta Mohamed com Aisha logo após ela ter atingido a puberdade serviu para se estabelecer tal situação como um ponto da Lei Islâmica, mesmo que já fosse uma norma cultural em todas as sociedades Semitas (incluindo aquela em que Jesus cresceu). [19]

Aqui os apologetas Muçulmanos argumentam que Mohamed casou-se com Aisha por propósitos divinos. As moças mais novas que tivessem questões sobre sexo precisavam conversar com alguém, e quem melhor para se conversar do que a jovem esposa do Profeta? E ainda, Mohamed quis estabelecer a puberdade como uma idade apropriada para o casamento, então ele decidiu demonstrar essa regra se casando com Aisha.

RESPOSTA: Os Muçulmanos falham em oferecer um razão suficiente para Deus ordenar tal casamento.

Há numerosos problemas com essa defesa. Primeiro, tal resposta poderia ser útil para justificar quase que qualquer comportamento. Considere um marido sendo julgado por agredir sua esposa. Quando ele tem a palavra, ele explica, “Meritíssimo, muitas mulheres são vítimas de abuso marital, e elas precisam de alguém que converse com elas. Com toda bondade em meu coração eu decidi bater em minha esposa para que assim ela seja capaz de confortar outras mulheres que são agredidas por seus maridos.” Essa explicação jamais seria aceita (exceto, talvez, em países de governo Islâmico, onde o Alcorão dá o direito aos maridos para que batam em suas mulheres[20]). Isso de lado, se Mohamed tivesse proibido sexo com crianças ao invés de se tornar um participante, as meninas novas não teriam que temer o sexo, e não seria necessário perguntar à Aisha.

Segundo, não é necessário que um legislador institua leis tendo que cometer certos atos que criem um precedente. Em outras palavras, Mohamed não precisava se casar com uma menina com o intuito de estabelecer uma lei sobre casamento com meninas que atingiram a puberdade. Mohamed, como o legislador do Islã, poderia simplesmente ter dado um decreto. Por exemplo, Mohamed permitiu os maridos a baterem em suas esposas. Foi necessário que Mohamed batesse em suas mulheres para estabelecer essa lei? Certamente que não. Semelhantemente, quando um legislador do Congresso diz que matar alguém em auto-defesa é aceitável, ninguém vai dizer que o congressista precisa sair e matar alguém em auto-defesa para que a lei seja aprovada. Por isso o argumento de que Mohamed precisava se casar com uma menina nova para estabelecer a puberdade como a idade apropriada para o casamento falha completamente.

Terceiro, o argumento Muçulmano de que Aisha era uma ‘criança precoce’ carece de evidências. A própria Aisha conta que quando fora levada pra casa de Mohamed ela estava brincando com suas amigas. E também ainda brincava com bonecas. Baseado na evidência, Aisha parece mais uma menina normal, não como uma jovem adulta. Além disso, Mohamed não se casou com ela por ela ser precoce, mas se casou porque estava sonhando com ela.

Quarto, é improvável que Deus estivesse usando o relacionamento de Mohamed com Aisha para estabelecer a puberdade como a idade apropriada para o casamento porque o próprio Alcorão parece permitir o casamento com meninas pré-púberes. Segundo a Sura 65:4, um homem deve esperar três meses para se divorciar de uma esposa que ainda não menstrua. E se o Alcorão permite o casamento com pré-adolescentes, então o casamento de Mohamed com Aisha não seria de forma alguma um critério para essa prática. (Em espírito de tolerância interpretativa, estou aberto a interpretações alternativas do Alcorão aqui. Isso é, quero dar aos Muçulmanos os benefício da dúvida se eles oferecerem outra visão razoável dessa passagem. Baseado apenas em 65:4, eu diria que diversas interpretações do texto são possíveis. Porém, se considerarmos os comentários Muçulmanos antigos sobre o verso, o entendimento que dei acima se fortalece. Para ler esses comentários, clique aqui.)

Quinto, os Muçulmanos procuram por razões que justifiquem o relacionamento de Mohamed com Aisha porque estão convencidos de que tudo o que Mohamed fez tem propósito divino por trás. Quando os críticos apontam os numerosos assassinatos e homicídios de Mohamed, os Muçulmanos dizem que esses atos violentos foram justos. Quando os críticos sinalizam a extensão da poligamia de Mohamed, ou sua participação no negócio de escravos ou seus incontáveis saques,[21] os Muçulmanos fornecem respostas baseadas não visão de que Mohamed era um ótimo exemplo moral. Similarmente, quando os Muçulmanos são confrontados com a evidência para os encontros sexuais de Mohamed com Aisha, eles assumem que deve ter havido alguma razão para tal. Então eles inventam razões para o comportamento de Mohamed (i.e. as outras menina precisavam de alguém para conversar sobre sexo), e eles oferecem essas razões em defesa da moralidade de Mohamed. Mas os não-Muçulmanos não partilham da fé na perfeição moral de Mohamed. De fato, quando os não-Muçulmanos ouvem sobre a violência de Mohamed, sua ganância, sua poligamia, seu apoio para o abuso marital, não somos tão rápidos para dizer que “ele deve ter tido uma boa razão” como os Muçulmanos parecem ser. Por causa disso as justificativas Muçulmanas para o casamento de Mohamed com Aisha tornam-se vazias quando são apresentadas como defesa para suas ações.

Finalmente, as explicações Muçulmanas para o comportamento de Mohamed falham em não levarem em conta os perigos que acompanham o sexo a essa idade. Muitos Muçulmanos dizem que logo que a menina tem sua primeira menstruação ela está pronta para ter filhos. Essa mentalidade antiga é completamente falsa. Uma menina de nove anos não está pronta para o sexo ou para filhos, mesmo que ela tenha tido seu primeiro período antes que outras meninas. Crianças dessa idade ainda estão crescendo; quando ficam grávidas seus corpos desviam recursos nutricionais para o feto em desenvolvimento, deixando a menina que está crescendo carente de vitaminas e minerais tão necessários. E ainda, comumente acontecem complicações resultantes de gravidez na adolescência porque os corpos das meninas muito novas simplesmente não estão prontos para dar à luz.

O Ocidente já compreendeu os perigos das adolescentes grávidas. Os apologetas Muçulmanos freqüentemente dizem que o casamento com meninas novas era comum nos tempos Bíblicos. Pode ser que estejam corretos, mas isso é porque era parte da cultura e não porque Deus os endossou. Visto que muitos países Cristãos têm reconhecido os perigos em potencial que vêem com a gravidez de adolescentes e tem aumentado a idade legal para o casamento, os países Muçulmanos estão freqüentemente afastados desses avanços por causa de Mohamed. Isso é muito interessante porque os Muçulmanos freqüentemente dizem que Mohamed foi cientificamente iluminado e que o Alcorão é uma obra-prima científica.[22] Na realidade, o casamento de Mohamed com Aisha está causando injúrias a meninas por todo o Oriente Médio e Norte da África. Os perigos já foram notados pelas Nações Unidas, as quais publicaram a seguinte nota numa tentativa de reduzir as práticas apoiadas pelo Islã:

Práticas culturais tradicionais refletem valores e crenças suportadas por membros de uma comunidade por freqüentes gerações distantes. Cada grupo social no mundo tem específicas práticas culturas e crenças, algumas das quais são benéficas para todos os membros, enquanto outras são perigosas para um grupo específico, como o das mulheres. Essas práticas tradicionais perigosas, incluindo a mutilação genital feminina; alimentação forçada das mulheres; casamento prematuro; os vários tabus ou práticas que impedem as mulheres de controlar sua própria fertilidade; tabus nutricionais e práticas de nascimento tradicionais; preferência por filhos homens e sua implicação sobre o status das meninas; infanticídio feminino; gravidez prematura; e pagamento de dote. Independente de sua natureza nociva e de sua violação às internacionais dos direitos humanos, tais práticas persistem porque não são questionadas e carregam em consigo uma áurea de moralidade aos olhos de seus praticantes.

O casamento infantil rouba da menina o tempo de sua infância tão necessário para desenvolvê-la física, emocional e psicologicamente. De fato, casamentos prematuros infligem grande estresse emocional às jovens mulheres que são removidas do lar de seus pais para a casa de seus maridos e sogros. Seu marido, o qual será invariavelmente muitos anos mais velho, terá pouco em comum com a jovem adolescente. É com esse homem estranho que ela terá de desenvolver um relacionamento íntimo, emocional e físico. Ela é obrigada a ter intercurso, embora ela não esteja fisicamente completamente desenvolvida.

Problemas de saúde que resultam de casamentos prematuros no Oriente Médio e Norte da África, por exemplo, incluem o risco de partos cirúrgicos, perca de peso e desnutrição resultantes de freqüentes gravidezes e lactação no período da vida em que as próprias jovens mães ainda estão crescendo.

A gravidez prematura pode ter conseqüências perigosas tanto para a mãe quanto para o bebê. Segundo a UNICEF, nenhuma menina deveria engravidar antes dos 18 anos porque ela ainda não está fisicamente pronta para suportar um filho. Os bebês de mães mais novas que 18 anos tendem a nascer prematuro e a ter pouco peso corporal; tais bebês são mais dados a morrer em seu primeiro ano de vida. O risco à própria saúde da mãe também é ainda maior. Saúde fraca é algo comum entre grávidas indigentes e em mulheres lactantes.

Em muitas partes do mundo desenvolvido, especialmente nas áreas rurais, as meninas se casam pouco após o início da puberdade e se espera que elas comecem a ter filhos imediatamente. Embora a situação tenha melhorado desde os anos 1980, em muitas áreas a maioria das meninas com menos de 20 anos já está casada e tem filhos. Embora muitos países tenham elevado a idade legal para o casamento, isso tem causado pouco impacto em sociedades tradicionais onde o casamento e a maternidade conferem ‘status’ a uma mulher.

Um risco adicional à saúde de jovens mães é o parto obstruído, o qual ocorre quando a cabeça do bebê é grande demais para o orifício da mãe. Isso provoca fístulas vesicovaginais, especialmente quando uma parteira tradicional sem treinamento forma a cabeça do bebê indevidamente.[23]

Contrário aos argumentos dos Muçulmanos, uma menina de nove anos de idade não está pronta para o intercurso sexual ou para suas possíveis ramificações (i.e. gravidez, parto, amamentação e educação do filho). Isso é um perigo desnecessário porque um relacionamento mais seguro poderia ser orquestrado se o casamento ocorresse muitos anos depois, quando a menina alcançasse o final da adolescência. Os Muçulmanos podem responder dizendo, “Mas Aisha nunca ficou grávida, então não tem problema.” Ainda há problema sim. A cada ano incontáveis meninas, que ainda brincam de bonecas, são tomadas para viver com maridos mais velhos. Se esses maridos forem desafiados, eles não vão dizer que isso é parte da cultura Árabe; ao invés disso vão dizer que ‘não está errado porque Mohamed fez o mesmo.’ Em outras palavras, ainda que aceitemos a bizarra desculpa de que Aisha estava de alguma forma pronta para o sexo e o casamento, a maioria das meninas de nove anos não está pronta para isso tudo. Assim, a prática do casamento com crianças continua até nossos dias em muitos países Muçulmanos, sendo a culpa dos Muçulmanos por tomarem a Mohamed como seu mais elevado padrão moral.

QUARTA DEFESA MUÇULMANA: O tempo de vida nos dias de Mohamed era tão baixo que as pessoas tinham que se casar novas.

Osama Abdallah argumenta que o casamento de Mohamed com Aisha foi compreensível porque as pessoas nos dias de Mohamed tinham de se casar cedo:

A vida a 1400 anos atrás era muito dura no deserto escaldante. De meu conhecimento pessoal, o tempo médio de vida daquele tempo era de 50 anos. As pessoas costumavam morrer de todo tipo de doenças. Ambos os pais do Profeta Mohamed (paz seja sobre ele) por exemplo, morreram de causas naturais antes de ele tomar conhecimento delas.[24]

Com essa visão, já que as pessoas poderiam morrer a qualquer momento no ‘deserto escaldante’, eles se casariam numa idade muito ceda para garantir que pudessem ficar o máximo possível de anos juntos.

RESPOSTA: Mohamed já tinha mais de cinqüenta anos de idade quando consumou seu casamento com Aisha, então não havia necessidade dele se casar com uma menina tão nova.

O argumento de Abdallah faz sentido se Mohamed tivesse nove ou dez anos de idade quando se casou com Aisha. Mas o Profeta do Islam já estava de idade bem avançada. Ele estava muito mais próximo da morte que qualquer outra jovem mulher que ele quisesse se casar, então porque não se casar com uma jovem mulher ao invés de uma jovem menina? Por que não se casar com uma mulher totalmente desenvolvida de vinte e tantos anos ao invés de uma menina que brincava de roda? Ao se casar com Aisha quando era tão jovem, Mohamed estava, de fato, a condenando a uma vida de viuvez, porque o Alcorão proibiu o casamento das viúvas de Mohamed (33:53). Além de tudo isso, o argumento de Abdallah ignora os fatos. Mohamed não se casou com Aisha porque a média de vida era de cinqüenta anos, ele se casou com ela porque (1) ele estava sonhando com ela, e (2) ele tinha poder para persuadir Abu Bakr a dar-lhe sua filha em casamento.

QUINTA DEFESA MUÇULMANA: Outras pessoas fizeram o mesmo – até mesmo Cristãos!

Abdallah também emprega a defesa do ‘todo mundo faz isso, então está tudo bem’:

Não apenas comum na sociedade Árabe se casar/comprometer com uma jovem menina, isso também era comum na sociedade Judaica. O caso de Maria, mãe de Jesus, vem à mente. Em fontes não-bíblicas se diz que ela tinha entre 11 e 14 anos quando concebeu Jesus. Maria já estava “NOIVA” de José antes de conceber Jesus. José era um homem muito mais velho. Portanto, Maria tinha de 11 a 14 anos quando ‘NOIVOU’ José. Nós Muçulmanos nunca chamaríamos José de Molestador Infantil, nem diríamos que o ‘Espírito Santo’ da Bíblia ‘engravidou’ Maria como um ‘adúltero’ ou ‘estuprador’.[25]

RESPOSTA: Além de cometer a falácia do “tu quoque”, essa defesa omite o ponto da crítica contra Mohamed.

Tu quoque é um tipo de falácia que tenta ignorar uma crítica em virtude de alguma hipocrisia encontrada na crítica. Por exemplo, suponhamos que sou um ladrão. Um dia, encontro alguém roubando meu carro, e eu digo, “Pare, ladrão!” se a pessoa que rouba meu carro se vira e me diz, “Mas você também é um ladrão, então não é errado que eu roube,” ele estará cometendo a falácia tu quoque.

Os Muçulmanos se apegam demais ao tu quoque. Quando as pessoas criticam os Islã pelo terrorismo, é comum ouvir Muçulmanos dizer, “Mas os Americanos estão matando Árabes!” como se houvesse uma resposta significativa à acusação. Semelhantemente quando alguém diz, “Veja todas as pessoas que Mohamed matou,” os Muçulmanos respondem dizendo, “Mas pessoas também foram mortas na Bíblia.”

Dizer que José se casou com uma jovem menina na Bíblia não resolve em nada o caso do casamento de Mohamed com Aisha. No máximo essa defesa mostraria que os Cristãos estão sendo inconseqüentes. Mas, na realidade, a resposta Muçulmana não mostra isso, já que essa comparação falha por diversas razões.

Primeiro, não há nenhum registro sobre a idade de Maria quando se casou com José. Verdade, dado ao costume da época é provável que ela fosse nova, talvez uma jovem de doze ou treze anos. Mas, já que não temos referências históricas à sua idade, não podemos descartar a possibilidade de que tivesse vinte anos, por exemplo. O ponto aqui é este: as pessoas criticam o casamento de Mohamed com Aisha baseados no que sabemos (i.e. que Aisha tinha nove anos de idade), enquanto a resposta dos Muçulmanos se baseia no que nós não sabemos (i.e. a idade de Maria).

Segundo, não devemos nos esquecer que treze anos são diferentes de nove anos. Meninas de nove anos comumente ainda não são férteis. No melhor cenário possível, uma menina dessa idade pode ter acabado de começar as fases da puberdade. Uma menina de treze anos, por outro lado, pode estar já no fim da puberdade. Assim, mesmo que demos uma idade jovem a Maria, haveria um mundo de diferenças entre ela e Aisha.

Terceiro, os apologetas Muçulmanos parecem esquecer-se do fato de que José não é o padrão de moral no Cristianismo. Quando os críticos apontam a idade de Aisha, argumentam algo como: “Você está tentando me dizer que Mohamed foi o maior exemplo moral de todos os tempos e que devo acreditar em tudo o que ele diz? Eu não acredito que uma pessoa que fizesse sexo com uma menininha tenha sido o mais homem de todos os tempos.” Simplificando, Mohamed é fundamental para o Islã. Se há algum problema com Mohamed, há um problema com o Islã. Se Mohamed foi imoral, então se torna difícil levar esses ensinos a sério. Assim, não se faz o menor sentido um Muçulmano dizer, “Bem, José se casou com uma jovem menina também.” José não é fundamental ao Cristianismo. Se um texto antigo for encontrado amanhã e esse texto antigo provar que José foi um ladrão e um assassino, isso não afetaria em nada o Cristianismo porque os Cristãos não o consideram um profeta, um portador de revelação e nem uma figura importante no Cristianismo. Assim, se um Muçulmano quer demonstrar que os Cristãos são inconsistentes, eles precisam mostrar que Jesus, Pedro ou Paulo, ou alguma figura central do Cristianismo fizeram as mesmas coisas que Mohamed fez. Felizmente, Jesus foi sem pecado e os apóstolos viveram vidas exemplares após terem se comprometido a Jesus.

A Internet está cheia de exemplos de respostas Muçulmanas desse tipo. Os sites Muçulmanos constantemente notam que meninas novas se casam em vários países e que essas meninas algumas vezes dão à luz. Ninguém duvida disso. O problema é que isso não tem nada a ver com o caso de se o casamento com uma menina de nove anos é ou não moralmente aceito para um profeta poderoso. O fato que os Muçulmanos são forçados a buscar uma defesa de “todo mundo faz” demonstra que eles não têm respostas.

AVALIAÇÃO: Já que a evidência não é suficiente para condenar Mohamed como uma ‘pedófilo’, sua relação sexual com Aisha é inaceitável.

Mohamed tem sido acusado de pedofilia em diversos escritos, sermões e em conversas. Vemos que as tradições Muçulmanas mais antigas dão apoio a essa visão. Porém, a evidência que sustenta a acusação de pedofilia talvez seja limitada demais para que chegar a uma conclusão tão dura. Sabemos que Mohamed teve relações sexuais com uma menina nova, e isso é repreensível. Ainda temos que tomar considerações culturais para se formar uma avaliação justa do caráter. Na sociedade de Mohamed o intercurso sexual era aceitável quando uma menina começasse a menstruar, e Mohamed pode ter aguardado até que Aisha tenha atingido essa idade. (Note: não há boa evidência histórica de que Mohamed tenha esperado que Aisha menstruasse. Porém, eu acho que é importante ser generoso em nossas interpretações o máximo possível, então quero afirmar, por causa do argumento, que Aisha já havia alcançado a puberdade.)

Semelhantemente, não temos informações suficientes para chamarmos Mohamed de um ‘pervertido’. Embora os atos sexuais de Mohamed pareçam surpreendentes, não sabemos o bastante sobre a natureza desses atos para condená-lo como um depravado sexual ou um predador.

Não obstante, os Muçulmanos são rápidos demais para deixar de lado o relacionamento de Mohamed com Aisha. Não podemos simplesmente ignorar o casamento de um profeta com uma menina de nove anos de idade. Os Muçulmanos vêem Mohamed como o mais elevado exemplo de vida moral, mas seu casamento com Aisha atrapalha essa visão. Se eles quiserem manter Mohamed como um padrão da moralidade, os Muçulmanos precisam dar cabo a muitas coisas questionáveis que Mohamed fez, bem como o horrível impacto dessas ações.

Há um simples, mas muito explícito modo de avaliar a importância do casamento de Aisha com Mohamed. Precisamos começar tentando montar uma imagem mental de um homem perfeitamente moral.  Para os Muçulmanos isso incluirá todas as coisas que foram ensinadas sobre Mohamed. Segundo essa imagem, ele é bondoso, generoso, paciente, humilde e confiável. Ele protege órfãos e viúvas, sofre perseguição, ajuda os necessitados e promove justiça. Ele ora com fé, jejua regularmente e obedece a Deus em tudo. Ele é fiel a seus amigos e paciente para com seus inimigos. Ele nunca cede quando é tentado pelo mal. Agora devemos retratar o mesmo homem num quarto com uma menininha inocente. Ele arranca-lhe a boneca, sobe nela e a introduz seu pênis. Ela não sabe o que está acontecendo porque é nova demais para saber sobre sexo. Com medo e confusa, ela chora por causa da dor e do sangue em sua cama, mas ela tenta permanecer em silêncio em respeito a seu novo esposo, o qual, em retorno, põe em perigo a vida dela.

Se uma pessoa é capaz de manter a mesma visão de perfeição moral com essa descrição, ele pode ter a fé necessária para ser um Muçulmano. Mas se sua visão de um homem perfeito estranha o que Mohamed fez em diversas ocasiões, ele precisa procurar em outro lugar por um ser humano ideal.

Notas:

[1] Maulana Muhammad Ali, Muhammad the Prophet (St. Lambert: Payette and Sims, 1993), pp. 183-184.

[2] Sahih Al-Bukhari, Dr. Muhammad Matraji, tr. (New Delhi: Islamic Book Service, 2002), Número 5133. Veja também 5134.

[3] Ibid., Número 3896.

[4] Ibid., Número 5158.

[5] Sahih Muslim, Abdul Hamid Siddiqi, tr., Número 3310.

[6] Ibid, Número 3311.

[7] Sahih Al-Bukhari, Número 3895. Veja também Número 5078.

[8] Ibid., Número 5081.

[9] Ibid., Número 3894.

[10] Ibid., Número 5160.

[11] O Alcorão ordena que se trate as esposas igualitariamente (4:3), um mandamento que Mohamed claramente violou. De fato, o mesmo verso proíbe que se tenha mais que quatro esposas, mas Mohamed recebeu uma revelação que dava-lhe o direito de violar essa ordem (33:50).

[12] Ibid., Número 2581.

[13] Ibid., Número 2967.

[14] Ibid., Número 6130.

[15] Professor Maqsood Jafri, "On The Character of Prophet Muhammad (PBUH)."

[16] Abdur Rahman Squires, "The Young Marriage of Aishah."

[17] Abul A’la Mawdudi, Towards Understanding Islam (Islamic Circle of North America, 1986), pp. 53, 56.

[18] Sahih Muslim, Nota 1860 (p. 716).

[19] Squires, "The Young Marriage of Aishah."

[20] Segundo o Alcorão "Os homens são os protetores das mulheres, porque Deus dotou uns com mais (força) do que as outras, e pelo o seu sustento do seu pecúlio. As boas esposas são as devotas, que guardam, na ausência (do marido), o segredo que Deus ordenou que fosse guardado. Quanto àquelas, de quem suspeitais deslealdade, admoestai-as (na primeira vez), abandonai os seus leitos (na segunda vez) e castigai-as (na terceira vez); porém, se vos obedecerem, não procureis meios contra elas. Sabei que Deus é Excelso, Magnânimo" (Sura. 4:34).

[21] Para referências, veja "Islam Beheaded."

[22] Para mais sobre isso, veja "Talking Ants and Shrinking Humans."

[23] Escritório do Alto Comissário para os Direitos Humanos, Folha de Fatos No. 23, "Harmful Traditional Practices Affecting the Health of Women and Children." (Fonte Online) O registro original é muito mais longo que o trecho apresentado aqui.

[24] Veja  http://www.answering-islam.com/aisha.htm.

[25] Ibid.

 


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* This article is a translation of "The Message of the Prophet to the Omani People" - original

* Este artigo é uma tradução de "The Message of the Prophet to the Omani People" - original

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Palavras-chave

Mohamed, Maomé, Muhamed, Mohammed, Islã, Islam, Alcorão, Al-Corão, Quran, Korão, Al-Korão, hadith, hadice, sharia, tafsir, islamismo.


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