Respondendo ao islã
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Contradição no Alcorão

 

Que tipo de livro é o Injil?

Por Jochen Katz

Tradução de Wesley Nazeazeno

 

 

O Alcorão faz as seguintes declarações a respeito do Injil (Evangelho):

E, na pegada daqueles, fizemos seguir a Jesus, filho de Maria, para confirmar a Tora, que havia antes dele. E concedêramos-lhe o Evangelho; nele, há orientação e luz e confirmação da Tora, que havia antes dele, e orientação e exortação para os piedosos. S. 5:46  NASR; cf. S 57:27.

O bebê disse: “Por certo, sou o servo de Allah. Ele me concederá o Livro, e me fará Profeta.” S. 19:30, NASR

Ele fez descer sobre ti o Livro, com a verdade, para confirmar o que havia antes dele. E fizera descer a Tora e o Evangelho. S. 3:3 NASR

A Sura 5:46 afirma que o Injil foi concedido a Jesus por Allá. A Sura 19:30 e a 3:3 esclarecem que o Injil é um livro tal qual o Alcorão e a Torá são livros que foram enviados por Allá.

O Alcorão também contém um segundo grupo de declarações a respeito do Injil:

E que os seguidores do Evangelho julguem conforme o que Allah fez descer nele. S. 5:47 NASR

Dize: “Ó seguidores do Livro! Não estais fundados sobre nada, até que observeis a Tora e o Evangelho e o que de vosso Senhor fora descido para vós.” S. 5:68 NASR

Os que seguem o Mensageiro, O Profeta iletrado — que eles encontram escrito junto deles, na Tora e no Evangelho (Evangelho que está junto deles). S. 7:157 NASR

Dize: “Então, buscarei por juiz outro que Allah, enquanto Ele é Quem fez descer, para vós,o Livro (Alcorão) aclarado? E aqueles, aos quais concedêramos o Livro (A Tora e o Injil), sabem que ele foi descido de teu Senhor, com a verdade. Então, não sejas, de modo algum, dos contestadores. S 7:157. NASR

Estes versos tornam claro que o Injil é o livro dos Cristãos, o livro que está com eles e que deve ser obedecido. O autor do Alcorão também aconselha os Cristãos a obedecerem totalmente (a Torá e) o Evangelho que eles possuem.

A Contradição.

Entretanto, aqui está o problema: quando olhamos para o Novo Testamento, o que livro que é as Escrituras dos Cristãos, vemos que em lugar nenhum ele diz ser um livro que foi “concedido a Jesus”. Ao contrário, o Novo Testamento consiste de diversos livros que foram escritos pelos seguidores de Jesus (sob a inspiração do Espírito Santo) APÓS a ascensão de Jesus.

Consequentemente, o Injil pode OU ser um livro dado a Jesus, OU pode ser o livro que os Cristãos mantém como sendo suas Escrituras Sagradas, mas não pode ser ambos. Mohamed aparentemente assumiu que as Escrituras dos Cristãos (e Judeus) seriam bem similares ao Alcorão, o livro que ele pensou ter recebido de Allá. Entretanto, Mohamed foi evidentemente ignorante a este assunto. A natureza essencial do Alcorão e da Bíblia é muito diferente. Um livro “concedido a Jesus” de me modo similar ao que Mohamed afirmar ter recebido o Alcorão, não existe e os Cristãos nunca disseram que tal livro tenha existido em algum momento. A alegação da Sura 5:46 é meramente uma idéia equivocada que saiu da mente de Mohamed.

Se o autor do Alcorão tivesse apenas feito afirmações como as encontradas nas S. 5:46 e 19:30, então poderia haver uma opção para os Muçulmanos dizerem que o Injil de Jesus foi simplesmente perdido. Jesus de fato recebeu tal livro, mas, de algum modo, ele desapareceu. Os Muçulmanos poderiam ter dito que o NT é claramente algo diferente do Injil tal como é definido no Alcorão, e poderiam concluir que, por esta razão, não crêem no Novo Testamento Cristão já que o Alcorão não o endossa.

Porém, o segundo grupo de afirmações acima impede essa explicação. O Alcorão identifica o Injil como as Escrituras dos Cristãos. Assim sendo, desde que o livro dos Cristãos é o Injil, o Alcorão uma alegação espalhafatosamente errada sobre a natureza básica do Injil. Ele não é e nem nunca foi um livro dado a Jesus.

A fonte?

Como esse erro poderia ocorrer na cabeça de Mohamed? Ele pode ter ouvido declarações semelhantes à do primeiro verso do Evangelho segundo Marcos:

Princípio do evangelho de Jesus Cristo,...

e equivocadamente pensou que significasse o mesmo que “a Torá de Moisés”, i.e., uma revelação dada a um profeta em forma de livro. No entanto, lendo o contexto vemos que significa que “este é o princípio do Evangelho SOBRE Jesus Cristo”; o Evangelho é a mensagem que nos diz sobre a vida e ensinos de Jesus, escrito por seus seguidores, não um livro dado ao próprio Jesus.

Mohamed projetou sua própria experiência de receber a revelação de um livro (o Alcorão) em Jesus e simplesmente assumiu que o livro DE Jesus era mantido como sagrado por seus seguidores também deveria ser um livro dado PARA Jesus (tal como o livro dos Muçulmanos é o livro dado PARA Mohamed). Entretanto, Mohamed estava errado sobre isso, e esse equivoco expõe o Alcorão como uma invencionice. O Alcorão não é uma revelação divina, mas uma coleção de suposições equivocadas de seu autor.

Mas, a Bíblia está corrompida!

Na maioria dos casos, quando o Alcorão se contradiz com a Bíblia, os Muçulmanos alardeiam: “mas, a Bíblia está corrompida”; como se essa fosse a resposta e a solução para cada um desses problemas.

Há pelo menos duas razões porque essa resposta não resolve o problema.

Primeiro, o Alcorão nunca diz que o Injil está corrompido. Há certas acusações contra os Judeus, mas nenhuma acusação de que os Cristãos corromperam suas Escrituras. A seção, O que o Alcorão diz sobre a Bíblia, investiga esse assunto mais de perto e mostra que o Alcorão não dá fundamento para o argumento Muçulmano de corrupção da Bíblia.

Segundo, mesmo que haja alguma corrupção em certas passagens, pequenas mudanças resultando em variação de sentido, isso não possibilitam uma explicação da contradição acima no Alcorão. Aqui temos uma diferença a respeito da natureza do livro que não pode ser acertada nem por modificações graduais e nem por uma mudança repentina.

Para ilustrar: o Alcorão é (alegadamente) um livro que foi “descido” por Allá a Mohamed. Ele não foi (supostamente) escrito por Mohamed, mas dado a ele por Allá. Por outro lado, as Hadice são memórias dos companheiros e seguidores de Mohamed, formuladas e redigidas por Muçulmanos tempos após a morte de Mohamed. Elas (Hadices, ou Ahadice) são suas lembranças daquilo que Mohamed fez e disse.

Seria possível que alguém mudasse o Alcorão (o livro dado a Mohamed) para se tornar uma coleção de hacices sem que a comunidade Muçulmana percebesse que sua escritura fora alterada para outra coisa totalmente diferente?

Sem dúvida, os Muçulmanos responderão um estrondoso NÃO. Mas, se isso é impossível para um livro e comunidade Muçulmana, por que alguns Muçulmanos pensam que isso seria possível na comunidade Cristã? Originalmente, os Cristãos tiveram um “livro concedido a Jesus”, mas, um dia eles acordam e sua escritura se tornou uma coleção de escritos dos seguidores de Jesus e ninguém percebeu a mudança, e ninguém protestou contra isso? Crer em tal teoria necessita-se de muita fé cega no Alcorão. Isto é impossível. Qualquer um com um mínimo de bom senso concluirá que essa é uma possibilidade que impossível de acontecer, e isto implica que o autor do Alcorão simplesmente cometeu um erro no que se refere à natureza da Escritura Cristã.

 

* This article is a translation of "What kind of book is the Injil?" - original

* Este artigo é uma tradução de "What kind of book is the Injil?" - original 

 


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Palavras-chave

Mohamed, Maomé, Muhamed, Mohammed, Islã, Islam, Alcorão, Al-Corão, Quran, Korão, Al-Korão, hadith, hadice, sharia, tafsir, islamismo. 

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